OPINIÃO: DIREITA DEVERIA TER CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DE CONTAGEM

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Por Maná Soares

Passadas as eleições, esquentam as negociações de bastidores para a presidência da Câmara de Contagem. A eleição para a Mesa Diretora ocorre no dia 1º de janeiro de 2025, logo após a posse dos novos edis.

Várias matérias já foram publicadas indicando os favoritos para o cargo e, neste momento, despontam Bruno Barreiro (PV), que faz parte da federação que inclui PCdoB e PT; e, com maior favoritismo, o decano Arnaldo de Oliveira (Solidariedade), que completa 42 anos de vereança e é o atual vice-líder de Governo de Marília Campos (PT) na Câmara. Tenho informações que a chapa será decidida hoje e deve ser encabeçada mesmo pelo veterano.

Embora ambos não sejam completamente associados à esquerda, são políticos muito próximos do governo atual e, por isso, será muito frustrante se qualquer um deles tiver apoio dos políticos de direita no legislativo contagense, sobretudo da bancada do PL, que teve um resultado importante nas eleições.

Pedro Luiz foi o segundo mais votado de Contagem, com 9.330 votos; Mauricinho do Sanduiche teve 5.930 e Tia Keyla 5.714 votos. Representando (pelo menos um pouco) a direita, também tivemos o terceiro mais votado, Denilson da Juc (Mobiliza) – que compôs a base de apoio da prefeita do PT neste mandato -, além de Daisy Silva (Republicanos), Pastor Itamar (PRD), José Carlos Gomes (Avante), Rodrigo do Posto (Mobiliza) e Didi (PRD) – os dois últimos, mais por causa do partido, pois este colunista não os conhece.

Em entrevista para a imprensa, o mais votado da direita, que é afilhado político do deputado federal Nikolas Ferreira, já declarou que será opositor da atual prefeita e que defenderá uma Câmara mais independente. Por isso, não apoiaria um candidato à presidência ligado à gestão do PT e, inclusive, cogitaria uma candidatura própria desse espectro político para a Mesa Diretora.

É também o que defendo: que o PL e a direita municipal consolidem esse crescimento na cidade com uma candidatura para a presidência da Câmara, inclusive, com um olhar bem voltado para as eleições de 2028.

É difícil apontar um dos novatos como nome para a presidência, por não sabermos a capacidade de gestão de cada um e seu traquejo para lidar com outros 24 egos, mas não seria absurdo seguirem o exemplo de Daniel Carvalho em 2017, que assumiu a função em seu primeiro mandato. Dentre os nove citados da direita, talvez, o nome que poderia assumir essa “missão” seria Pastor Itamar, que já está há mais tempo na Câmara, tem boa articulação e teve, inclusive, o nome citado nas rodas de conversa para a sucessão de Alex Chiodi.

Sigo lamentando um nome da direita não estar forte na disputa, mas com esperanças de que consigam romper com a tradição de chapa única na Câmara. Que não fiquem apenas nas disputas de bastidores e se unam para, pelo menos, mostrar que o Legislativo não é tão unânime assim, não é tão dependente assim, que pode ter um debate mais aberto e não apenas de dentro de gabinetes. Ir para a eleição da Mesa Diretora e apenas votar contra a chapa hegemônica seria decepcionante e, mais ainda, se compusessem e/ou votassem a favor dos candidatos postos, que apoiam a gestão do PT. Vamos aguardar!

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