GALO FAZ BOM CLÁSSICO, SÓ FALTOU A VITÓRIA

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Por Leandro Perché

Em clássico bem disputado no último sábado (10/08) no Mineirão, o Galo dominou o Cruzeiro na maior parte do jogo, e deixou a sensação de que só ficou faltando a vitória (Que falta faz o Hulk!). O alvinegro teve mais de 60% da posse de bola; o dobro de finalizações (12 contra seis); quase duas vezes mais passes (576 contra 307); e melhor eficiência nos passes (86% contra 77%).

Gabriel Milito conseguiu anular as principais peças do Cruzeiro, colocando três volantes de ofício no início da partida, mas sem deixar o time defensivo, mantendo Zaracho, Bernard e o estreante Deyverson na suplência para a segunda etapa. Jogou com uma tranquilidade e uma frieza impressionantes durante todo o jogo. A equipe defendia com duas linhas de quatro, no 4-4-1-1, segurando o ímpeto inicial do Cruzeiro, empurrado pela torcida. E atacava no 3-2-5, que, na primeira metade da etapa inicial, parecia mais um 3-3-4, pela dificuldade natural do Arana fazer o corredor completo pela esquerda.

* Sem a bola, o Galo faz um 4-4-1-1, com Paulinho voltando mais do que Cadu, e Franco fechando a segunda linha pela esquerda. Com a bola, os alas Arana e Scarpa muito ofensivos no 3-2-5.

Alan Franco atacava como um meia esquerda, e fechava a segunda linha de marcação daquele lado, anulando as subidas do lateral Willian. Fausto Vera e Otávio se revezavam na marcação de Matheus Pereira. O trio de zagueiros ficava com Lautaro e Kaio Jorge, mas as subidas de Barreal pela esquerda criavam problemas para Saravia, já que Scarpa não “descia” para a marcação, ficando por conta do recuado Kaiki. Desta forma, o Cruzeiro tentou pressionar até os 27 minutos, criando três chances daquele lado.

Após os 30 minutos e até o final do jogo, Milito corrigiu a marcação pelo lado direito, e o domínio foi total do Galo, com um Paulinho muito participativo na meia direita, Otávio dominando o meio de campo, e Arana e Scarpa oferecendo muito perigo nas jogadas de ataque. Cássio teve que trabalhar bem por duas vezes no primeiro tempo, e acabou recebendo, ao final do jogo, o prêmio Cacau Show de melhor em campo, escolhido pela equipe da Contagem Web Rádio.

No segundo tempo, Milito foi renovando a energia do time com as substituições, sem alterar o desenho tático da equipe, continuou controlando o jogo, mas sem chances muito claras de gol. E ainda promoveu a estreia do centroavante Deyverson. O Cruzeiro, por sua vez, aceitou a imposição do adversário e só teve uma chance de contra-ataque no finalzinho, com a bola na trave.

* No segundo tempo, o Galo controlou o jogo e foi mudando as peças sem alterar o desenho tático, enquanto o Cruzeiro tentou, sem sucesso, com um centroavante de ofício.

Ficam boas lições e perspectivas para o primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores, na próxima terça-feira (13), contra o San Lorenzo, na Argentina. Time bem organizado taticamente; consistente na defesa; com o controle do jogo, mesmo com a pressão da torcida rival; e com frieza e inteligência emocional. Não me surpreenderá se Milito repetir os três volantes e o mesmo desenho tático, mas podemos aproveitar melhor o desespero dos Argentinos para construir um placar melhor.

Um abraço e viva o Galo!

Foto de capa: Pedro Souza/Atlético

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