Uma partida de tirar o fôlego. Este foi o resumo da batalha de Patos de Minas que aconteceu entre URT e Betim no Estádio Zama Maciel, na última quarta-feira (10), pela 3ª rodada da triangular final do Módulo II Mineiro. No dia em que a União Recreativa dos Trabalhadores completou 85 anos, o Tricolor jogou uma verdadeira “água no chope” dos adversários.
Era um cenário em que a URT precisava vencer, como em todo jogo da triangular final, mas com o triunfo da equipe rival na rodada passada, o confronto direto pesou ainda mais. Na primeira etapa, parecia que seria um “filme de terror”, com o Pato abrindo 2 a 0 e dominando os primeiros 45 minutos, sem sofrer nenhum susto betinense.
No segundo tempo, os trilhos foram construídos em favor do Tricolor, sob a maestria de Alex Nascif. Logo no início, a reação começou com o gol de Diego Jardel no primeiro minuto, e novamente com sede de gols, Erick Salles empataria aos 13 minutos. O Tricolor, neste caminho de reação, perdeu o meia Guilherme por cartão vermelho, mas o melhor veio no apagar das luzes, com a virada aos 50 minutos, marcada pelo artilheiro Paulo Henrique.
O Betim fecha a metade da fase final próximo de subir. Com seis pontos e saldo de gols de +3, uma vitória diante do Valeriodoce em Itabira deixaria os Gladiadores com um pé no Módulo I.
É DEMOCRATA…
É oficial. O Jacaré está eliminado antecipadamente do Campeonato Brasileiro da Série D, depois de perder para o Ipatinga na 12ª rodada por 2 a 0, amargando a vice lanterna do Grupo A6. Aliás, o Democrata foi um dos quatro clubes que protagonizaram uma mancha histórica no futebol do estado, já que, pela primeira vez desde a criação do torneio em 2009, o mata mata da quarta divisão não contará com nenhum time mineiro.
No caso específico do alvirrubro, já destacamos em colunas passadas o risco de se atirar para todos os lados e não acertar em nada. Mesmo que o início parecesse ser um projeto ambicioso, a tentativa de se equilibrar entre a Série D e o Módulo II em um conflito de calendários, serviu para que os focos fossem perdidos. Na verdade, teria sido mais justo ter tido força máxima no estadual e deixado o Brasileirão para os próximos “herdeiros” da vaga.
Sem acesso em nenhum cenário, esperamos que o Jacaré volte a ter grandes aspirações no ano que vem e encerre a Série D de uma forma mais digna. Um clube tradicional como o Democrata, com uma cidade tão rica como Sete Lagoas, não pode ficar de fora da elite do Campeonato Mineiro.
NOVOS VENTOS AO VILLA NOVA
Um dia antes de completar 116 anos, no fim de junho, o Villa Nova conquistou a homologação de Recuperação Judicial (RJ) nos bastidores. Após anos de gestões lesivas e heranças malditas deixadas antes da atual diretoria, a gestão do presidente Bruno Sarti Almeida vai se encerrando de maneira espetacular, como vem sendo feito nos últimos quatro anos, e com novos ventos ao futuro. Como o dirigente mesmo disse: ele e seus vices (Horta e Tito) já deixaram a estrutura, agora é só erguer o arranha-céu.
Com a RJ, o Villa pode reorganizar de uma melhor forma a dívida avaliada em cerca de R$ 23 milhões, além de viver um cenário autossustentável, sem o bloqueio de contas e receitas que possam ser geradas. Resta saber quais serão as ideias a partir da próxima eleição de setembro, mas o fato é que, para um possível investidor que possa surgir, este é o melhor momento para a construção da Sociedade Anônima do Futebol. Só falta aparecer o “homem do dinheiro” para reerguer, ainda mais, o Leão do Bonfim.
Por: Nathan Sacchetto Madureira
Foto: Gerado por Inteligência Artificial