2025: O que esperar do futebol do interior de Minas?

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Por: Antônio José Vital- Aqui o interior de voz e vez.

A hegemonia dos clubes da capital, especialmente Atlético-MG e Cruzeiro, torna o Campeonato Mineiro altamente previsível, com poucas chances de a taça não permanecer em Belo Horizonte. A diferença de orçamento e estrutura entre os clubes da capital e os do interior é abissal. O último título conquistado por um clube do interior foi para o Vale do Aço, com o Ipatinga, que, em uma era pré-SAF, contou com o apoio do Cruzeiro e conquistou o Campeonato Mineiro de 2005.

 

As SAFs podem ser a redenção do futebol do interior, com investidores injetando recursos e administrando os clubes de forma profissional em busca de resultados esportivos e financeiros. O Athletic, de São João del-Rei, desponta como uma SAF promissora. Atualmente, o clube está na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, após conquistar o vice-campeonato da Série C nacional em uma campanha exitosa.

 

O Estádio Joaquim Portugal, em São João del-Rei, passará por um conjunto de obras para a temporada 2025, conforme anunciado pelo presidente da SAF, Fábio Mineiro. As intervenções estão programadas para o início da próxima temporada. Durante as obras, o Esquadrão de Aço deverá mandar suas partidas no Estádio Melão, em Varginha.

 

O Pouso Alegre, a mais nova SAF e representante do Sul de Minas na competição, conta com uma proposta de aporte de R$ 20 milhões para o futebol nos próximos cinco anos. Esse investimento, de R$ 4 milhões anuais, pode fazer a diferença e alavancar o clube.

 

O Itabirito surpreendeu ao contratar dois nomes conhecidos do futebol nacional: Jô e Luan. Apostando em jogadores experientes, o clube ainda busca definir um estádio para mandar seus jogos.

 

O presidente do Betim, clube estreante na elite do Campeonato Mineiro, afirmou que busca novos investimentos para melhorar a infraestrutura de futebol, especialmente nas categorias de base. O objetivo é se tornar um formador de jovens talentos, gerando ativos para o futuro. O clube da região metropolitana de Belo Horizonte pretende ser competitivo, mas com foco em garantir a rentabilidade e a estabilidade da SAF.

 

O Aymorés, de Ubá, dá seus primeiros passos para se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol. O estatuto do clube está em reforma para viabilizar essa transição. Desde o retorno ao futebol profissional, em 2020, após 26 anos, o clube conquistou a Terceira Divisão Estadual e, atualmente, disputa o Módulo 2 pelo quarto ano consecutivo.

 

O Villa Nova anunciou um pacotão de reforços com cinco jogadores, incluindo o lateral-direito Norberto, ex-América e Cruzeiro, e o zagueiro Ewerton Páscoa, campeão da Recopa Sul-Americana pelo Santos, em 2012. Além deles, o clube contratou três goleiros: Victor Lube, formado no próprio Villa Nova, Gabriel Kinzel, campeão do Módulo 2 deste ano pelo Betim, e Geaze, que passou pelo Santa Cruz e América-PE. O Leão do Bonfim espera fazer uma campanha segura e evitar riscos de rebaixamento.

 

O Tombense, tradicional nas competições estaduais, está no Grupo A do Campeonato Mineiro 2025, ao lado de Atlético, Uberlândia e Betim.

 

No entanto, o futebol do interior não vive apenas do Campeonato Mineiro. Além do Tombense na Série C do Brasileiro, teremos Uberlândia, Itabirito e Pouso Alegre na Série D, além do Athletic na Série B, como já mencionado.

 

Com um cenário cada vez mais competitivo e a entrada de novos investidores, o futebol do interior mineiro promete avançar e surpreender nos próximos anos.

 

Com cenários de mais investimentos e profissionalização do futebol do interior, através de sociedade anônimas e empresários interessados, poderemos, a médio prazo, perceber um “incômodo” a hegemonia da capital nas quatro linhas. Vamos aguardar.

 

 

 

 

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