Por Leandro Perché
A classificação para as semifinais da Copa do Brasil, no empate sem gols dessa quinta-feira (12) com o São Paulo na Arena MRV, mostrou um Galo cascudo, inteligente e consistente na marcação, trazendo esperanças para o torcedor de que esse time pode beliscar pelo menos um título neste ano, sob o comando de Gabriel Milito, que já começava a ser questionado por parte da massa.
O comandante alvinegro levou a campo o mesmo time do jogo de ida – que venceu o tricolor por 1×0 no Morumbis – defendendo com o tradicional 4-4-1-1 com encaixes individuais, mas atacando mais e melhor do que na primeira partida. A equipe não sofreu com o adversário, que precisava da vitória, e ainda esteve mais perto do gol, com boas chances criadas nos contra-ataques.
Mesmo com a contusão de Otávio no início da partida, Milito não alterou a ideia de jogo, colocando Fuchs em campo, e deslocando Battaglia para a posição de volante, que ficou por conta de marcar Luciano, que caía por seu setor. A dupla de zaga se revezava na marcação de Calleri; Saravia, mais uma vez, acompanhou de perto o craque Lucas Moura, onde quer que ele fosse; Arana ficava com Rato e os meias abertos acompanhavam os laterais adversários.
No ataque, Hulk mais uma vez fazia o papel de protagonista, segurando a bola na frente e incomodando o adversário. Colocou Paulinho na cara do gol por duas vezes, e ainda criou três boas oportunidades para si mesmo. Scarpa esteve mais discreto, mas ainda assim com a qualidade de sempre; e Bernard destoou do restante, perdendo muitas bolas, com dificuldades no domínio e no passe.
O Galo começou melhor, controlando as ações, marcando pressão e ocupando bem o campo de ataque. A partir da metade do primeiro tempo, o São Paulo melhorou, forçando alguns erros de passe do alvinegro na saída de bola, mas não criou muitos problemas para o goleiro Everson. Na volta do intervalo, o tricolor trocou Lucas de lado, para fugir de Saravia, buscou pressionar mais, mas esbarrou numa defesa sólida e bem armada, com a última linha consistente e Arana mais fixo, e a segunda linha trancando o jogo pelo meio.
Milito fez substituições para oxigenar o time, colocando Igor Gomes, Rubens e Palacios nos lugares e nas posições de Bernard, Arana e Scarpa, mantendo o esquema, a ideia de jogo e a consistência, sem dar chances para o tricolor. O São Paulo tentou, buscou, fez boas substituições, mas não resistiu ao Galo copeiro, que segurou o adversário e teve as melhores chances.
Um time cascudo e copeiro vai se desenhando junto com sua sinergia com a massa, que fez uma festa impressionante no caldeirão da Arena MRV. Agora, é buscar equilibrar a partida do final de semana pelo Brasileirão, fora contra o Bahia, quem sabe dando o descanso merecido para aqueles que jogaram na data Fifa com suas seleções e voltaram “voando” no jogo contra o São Paulo; e pensar na decisão de quarta-feira (18) contra o Fluminense pela Libertadores.
Um abraço e viva o Galo!
*Foto de capa: Pedro Souza/Atlético
Muito boa Análise sobre O time do Galo