Faleceu, no último sábado (17/08), aos 93 anos, Senor Abravanel, mais conhecido como o maior comunicador da história do Brasil, Silvio Santos! Nome mais importante da televisão brasileira, Silvio começou como camelô e locutor de rádio, e estava internado desde o início do mês em razão de uma infecção por H1N1. Ele deixou a viúva, Íris, seis filhas, 14 netos, quatro bisnetos e milhões de fãs no mundo todo, causando uma comoção quase que sem precedentes.
Por décadas, Silvio foi o companheiro dos domingos das famílias brasileiras, levando alegria e entretenimento para todas as idades, em especial à frente do Programa Silvio Santos, que comandou a partir de 1963. Foi, também, dono de um conglomerado bilionário criador de marcas como Jequiti, Tele Sena e Baú da Felicidade – além das emissoras TVS e SBT.
Com sua voz e bordões marcantes – como “Vem pra cá, vem pra cá” e “Quem quer dinheiro?” – além de presença e domínio absoluto da plateia, Silvio conquistou multidões e fez história na TV brasileira.
Sua morte interrompeu programações de vários canais e ocupou o noticiário do final semana, as redes sociais e as conversas de botequim e das famílias. As entrevistas com os amigos e familiares demonstrava um ser humano correto, cumpridor de sua palavra e compromissos, além de amoroso. Com os funcionários, um chefe exemplar; com fãs, um amigo leal e atencioso; para os especialistas, um empreendedor, um estrategista e um comunicador nato; para os apresentadores, uma referência e um modelo.
Silvio Santos deixa uma lacuna na TV – todas as entrevistas são unânimes em dizer que “fará falta” – e encerra uma Era em que ele foi rei e absoluto. Para sempre será lembrado, assim como programas como “Show de Calouros”, Qual é a Música”, “Porta da Esperança”, “Em Nome do Amor”, “Topa Tudo Por Dinheiro”, “Show do Milhão”, além de quadros como o “Câmera Escondida”.
No entanto, Senor Abravanel era humano, e também apresenta passagens controversas em sua história. Apoio à ditadura militar e à censura, além de declarações machistas, misóginas, racistas e que violam o direito das crianças entram na seara de atitudes e comportamentos reprováveis do “patrão”. Sem contar o apoio a um governo negacionista e golpista, que negligenciou a população durante a pandemia da Covid-19 e que atentou contra a democracia.
Não dá para apresentar um “saldo” disso tudo, mas é inegável que o nome de Silvio Santos faz parte da história, não apenas dos meios de comunicação, mas da sociedade brasileira, e que vai fazer parte, por muitos anos, da memória afetiva da família brasileira. Afinal, é um ícone e um fenômeno!
Arte: NaTelinha
Silvio, de todos os comunicadores, o Maior!